Sabemos que nem toda mancha nos dentes do seu paciente é cárie. A anatomia oclusal dos dentes (principalmente os molares) junto à alimentação e flúor, em contato com a saliva, podem “fixar” os pigmentos da alimentação nos sulcos da coroa dentária.

• Veja a quantidade de dentes restaurados e cáries ativas no momento;

• Considere quando foi a última visita ao dentista;

• Veja se há a presença de biofilme ou gengivite;

• Leve em consideração condições socioeconômicas, idade e qualidade da escovação;

• Entenda o motivo da perda dentária, caso haja.

Outro fator importante é a solicitação de exames complementares, como o raio-x, para tornar possível o entendimento sobre a existência de lesões na superfície dentária.

Mas como tratar o sulco pigmentado?

Existem dois caminhos que podem ser seguidos e você, cirurgião-dentista, deverá conversar com o paciente sobre as possibilidades de tratamento e mostrar qual é a melhor opção de acordo com o histórico dele.

• Tratamento Conservador: esse tratamento não afeta a estrutura do dente e pode envolver exames adicionais, profilaxia com a raspagem para a remoção das manchas, além do acompanhamento constante do paciente para ver a evolução dos sulcos pigmentados e da aplicação tópica de flúor.

• Tratamento Restaurador: a restauração propriamente dita pode ser feita no paciente caso o histórico dele seja propício para tal tratamento. Como os sulcos pigmentados não afetam a estrutura dos dentes, pode-se usar brocas minimamente invasivas e depois aplicar resina ou selante dentário, de acordo com a indicação para o paciente.